Coco, um superalimento

A água de coco é um excelente hidratante natural, rica em sais minerais, com uma concentração isotônica ideal para o organismo humano.
Quanto ao óleo de coco, uma colher de sopa três vezes ao dia, é capaz de prevenir e contribuir no tratamento de inúmeras doenças.
Esses são apenas alguns dos inúmeros benefícios desse superalimento. Vários estudos mencionam diversas utilidades terapêuticas.  Óleo, leite, polpa e água do fruto são usados no tratamento da perda de cabelo, queimaduras e controle de doenças cardíacas (DEBMANDAL et al., 2011). O coco é altamente rico em íons inorgânicos como potássio (290mg%), sódio (42mg%), cálcio (44mg%), magnésio (10mg%) e fósforo (9,2mg%) (EFFIONG et al., 2010). Destaca-se a água de coco como uma excelente bebida natural, rica em vitaminas do complexo B, como o ácido nicotínico B3 (0,64 μg/mL), ácido pantotênico B5 (0,52 μg/mL), biotina (0,02 μg/mL), riboflavina (<0,01 μg/mL), ácido fólico (0,003/mL), além de quantidades pequenas de tiamina B1 e piridoxina B6 (CHAN et al, 2006). Também contém açúcares, vitamina C, aminoácidos livres, fitoesteróis (auxina, 1-3- difeniluréia, citocinina), enzimas (fosfatase ácida, catalase, desidrogenase, diastase, peroxidase, RNA polimerases) e fatores promotores de crescimento (YOUNG et al., 2009). Já o leite de coco fresco é composto por vários minerais e vitaminas, tais como: fósforo, cálcio, vitamina C, ferro, niacina, tiamina e riboflavina, e possui na sua constituição aminoácidos livres como leucina, lisina, fenilalanina, isoleucina, tirosina e cisteína (BAWALAN et al., 2006).
Rico em ácido láurico, que constitui 47% de seu índice de ácidos graxos, o óleo de coco tem inúmeras ações terapêuticas comprovadas. Promove o aumento da termogênese geral, da beta- oxidação, da termogênese pós-prandial, da produção de CCK e PPY e da sensação de saciedade. Em contato com pH ácido (equivalente a 2,0) do estômago, transforma-se em monolaurina, um poderoso antivirótico, antibacteriano e antifúngico, que não gera resistência, nem efeito colateral. A monolaurina também age contra a ação de parasitas.
Aliado a esses atributos, o óleo de coco é reconhecidamente um potente anti-inflamatório, capaz de reduzir o LDL e aumentar o HDL, sem alterar os níveis de colesterol, na maioria dos estudos onde o perfil lipídico foi avaliado. Tem efeito antitrombótico e inibe a peroxidação lipídica, agindo como antioxidante, devido a sua alta concentração de vitamina E e ácido gálico. Esses e outros benefícios são comprovados em artigos e na literatura científica médica, que destacam sua ação na prevenção e no tratamento eficaz de diversas patologias, como Doença de Alzheimer, HIV/AIDS, doenças cardiovasculares, câncer, diabesidade (diabetes + obesidade) e infecções.
Os corpos cetônicos – incluindo acetona, acetoacetato e betahidroxibutirato –, gerados a partir dos TsCM do óleo de coco, contribuem significativamente para o metabolismo energético do cérebro.
Os ácidos TsCM, por sinal, correspondem a 64% da composição do óleo de coco, tornando esse alimento ideal para recém-nascidos – quando utilizado em fórmulas infantis – e idosos submetidos à nutrição parenteral.
No processo de emagrecimento, amplamente pesquisado por Geliebter, a maior contribuição dos TsCM refere-se ao seu total calórico (6,8-8,6 calorias para os Triglicérides de Cadeia Média versus 9,0 para
os TGs de cadeia longa) e ao estímulo ao metabolismo basal (TsCL acima de 4% e TsCM superior a 14%)3. Eles também são mais rapidamente absorvidos e transformados em energia, não são armazenados na forma de gordura, estimulam discretamente a função tireoidiana e provocam saciedade.
Resultados de uma pesquisa realizada por Assunção et al. revelam que mulheres com obesidade abdominal e IMC menor que 35 kg/m, tratadas com 30 ml de óleo de coco por 12 semanas, registraram uma redução do IMC e da circunferência abdominal. Por se tratar de um modulador de peso, indivíduos submetidos a uma dieta com óleo de coco, se forem obesos, tendem a emagrecer e, se estiverem muito magros, tendem a ganhar peso.
Além de seus benefícios intrínsecos, o óleo de coco, quando utilizado na culinária, não gera gorduras trans e substitui os óleos vegetais poli-insaturados ômega-6, que são pró-inflamatórios. Devido ao aumento da relação HDL/colesterol total e a não geração de gordura trans, também é ideal para cozinhar, assar e fritar alimentos. A contribuição dos TsCM e do óleo de coco no tratamento da diabesidade (diabetes + obesidade) é mencionada em diversos trabalhos científicos, a exemplo dos conduzidos por Geliebter; Baba, Hill et al., Scalfi, Garfinkel et al., Parekh et al., Lindeberg et al., St-Onge et al., Han et al., Cardoso et al..
Outros estudos destacam que o óleo de coco, por meio do ácido láurico – que se transforma em monolaurina –, atua contra bactérias e microrganismos, como, por exemplo, Candida albicans, citomegalovirus, clamídia, estreptococos dos grupos A, F e G, Neisseria ghonorreae, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e vírus HIV, sem afetar a microbiota intestinal.
A manteiga de coco não requer insulina para ser digerida, sendo, portanto, ideal para pacientes diabéticos. Por ser imunomoduladora, beneficia também pacientes com doenças autoimunes. Assim como a manteiga de coco, o farelo de coco é rico em fibras (61%), sendo 7% solúvel e 93% insolúvel.
Petschow et al., conduziram um importante estudo sobre os benefícios dos TsCM nas úlceras com presença de H. Pylori. Especificamente no sistema digestório, as propriedades dos TsCM auxiliam no tratamento do cólon irritável, da colite ulcerativa, da fibrose cística e da Doença de Crohn, sem provocar nenhuma alteração na microbiota intestinal.
Diante de todas essas constatações – cientificamente documentadas –, é possível afirmar que o coco, é um excelente alimento, e seus derivados contribuem para a manutenção da saúde, devido a sua ação antibiótica, anti-inflamatória e imunológica, considerando que os TsCM presentes em sua composição diminuem o IL1, IL-6 e IL-9 e aumentam o IL-10.
É importante salientar que para determinar a quantidade ideal para cada organismo/indivíduo, é necessário um acompanhamento nutricional para poder usufruir desses benefícios da melhor forma possível em prol da saúde e manter o equilíbrio do peso.

*Material pesquisado e desenvolvido por Elisa Lerch com embasamento científico.

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